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Maltaria Campos Gerais: planta reforça protagonismo do Paraná – Gazeta do Povo

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O Brasil não é autossuficiente em malte – um dos ingredientes mais importantes para a produção da cerveja. Mas uma nova planta instalada em Ponta Grossa (PR) vai diminuir a dependência de malte importado no país. Inaugurada no começo de junho, a Maltaria Campos Gerais deve produzir 240 mil toneladas do produto por ano, o que corresponde a 15% da demanda brasileira. Com isso, quatro em cada dez cervejas feitas no Brasil terão malte produzido no Paraná.
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O empreendimento teve investimentos de R$ 1,6 bilhão das cooperativas Agrária, Frísia, Castrolanda, Capal, Bom Jesus e Coopagrícola. Cerca de 3 mil postos de trabalho indiretos estão associados à fábrica, que posiciona o Paraná como maior produtor brasileiro de malte.
Quatro em cada dez cervejas nacionais terão malte produzido no Paraná.
A região paranaense dos Campos Gerais é considerada estratégica para a produção do malte. Ponta Grossa conta com plantas da Ambev e da Heineken, que devem ser as principais clientes da nova maltaria. Adam Stemmer, diretor-presidente da Cooperativa Agrária, ressalta que a região tem áreas apropriadas e condições climáticas favoráveis para a produção de cevada, matéria-prima do malte.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam o Paraná como o maior produtor de cevada do país. Em 2022, foram produzidas quase 522 mil toneladas do grão no Brasil –  360 mil vieram do Paraná. 
A planta de Ponta Grossa foi inaugurada com 80% da capacidade, mas deve atingir os 100% de atividade ainda em julho. Stemmer destaca que, mesmo com a nova fábrica, o país ainda precisa importar 45% do malte que consome – o que significa que há espaço para crescer.
“Juntas, as seis cooperativas têm 13 mil associados. A ideia é trabalhar com esses produtores para fomentar a produção de cevada no Paraná, dando um salto também em pesquisa e desenvolvimento”, disse Stemmer durante a inauguração do empreendimento.
Segundo ele, porém, as maltarias precisam ser melhor distribuídas no país. Hoje, há uma em São Paulo, duas no Rio Grande do Sul e duas no Paraná. “O lugar mais lógico para construir uma nova seria no Nordeste, para atender à demanda da região”, afirma.
Problemas de infraestrutura acabam encarecendo o transporte do produto pelo país. Como exemplo, Stemmer explica que o custo do frete entre Ponta Grossa e o Rio de Janeiro é maior do que o da Argentina para o Recife. “É algo histórico. Tudo é feito por caminhões e, com uma estrutura de estradas deficitária, o raio de atendimento da maltaria acaba limitado”, diz.
Custo do frete entre Ponta Grossa e Rio de Janeiro é maior do que entre Argentina e Recife.
Como contrapartida a incentivos recebidos no programa Paraná Competitivo, do governo estadual, a maltaria deve custear a construção de um viaduto na PR-151, no acesso às fábricas que ficam na região. O valor da obra está previsto em R$ 37 milhões, de acordo com o Executivo estadual.
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