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Milhares de israelenses foram às ruas neste domingo (7) para protestar em favor de um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas, na data que marca os nove meses dos ataques terroristas que deram início ao conflito. Os manifestantes bloquearam vias de acesso em várias cidades israelenses pedindo a libertação de reféns e também a renúncia do premier Benjamin Netanyahu e a convocação de novas eleições. Chamado de “Dia da Interrupção”, os protestos começaram exatamente às 6h29 deste domingo, mesmo horário dos primeiros ataques do Hamas a Israel há nove meses.
Em declaração publicada na rede social X, o presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou que “toda a nação deseja o retorno (dos reféns) e uma maioria absoluta apoia uma negociação”. A negociação sobre a libertação de cerca de 120 reféns israelenses ainda mantidos em cativeiro pelo Hamas é considerada imprescindível para que as propostas de um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos avancem na região. Desses reféns, Israel calcula que pelo menos 40 já estejam mortos.
Também neste domingo, o recém-empossado primeiro ministro britânico, Keir Starmer, reforçou em uma ligação a Netanyahu a necessidade de um “claro e urgente cessar-fogo” à guerra em Israel. Segundo comunicado da sede do governo do Reino Unido, Starmer afirmou que é importante “assegurar as condições de longo prazo para uma solução de dois Estados, incluindo a garantia para que a Autoridade Palestina disponha de condições financeiras para operar eficientemente”.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram que realizaram um ataque aéreo na madrugada de sábado para domingo nas imediações da escola Al-Jaouni, administrada pela UNRWA, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, na região central de Gaza. Segundo as IDF, “vários terroristas” foram mortos nos ataques. “O local servia tanto como esconderijo quanto como infraestrutura operacional a partir do qual eram direcionados vários ataques contra tropas das IDF operando em Gaza”.
O Ministério da Saúde de Gaza, operado pelo Hamas, afirmou que os ataques à escola mataram ao menos 16 pessoas e vitimaram outras 75. A escola fica no campo de refugiados de Nuseirat. As IDF afirmaram que tomaram “diversas ações” para mitigar as vítimas civis, como uso de vigilância aérea precisa e recursos de inteligência. De acordo com a imprensa palestina, esses ataques mataram o ministro do Trabalho palestino e membro do Hamas Ihab al-Hussein. Ainda segundo informações de representantes da Autoridade Palestina, outros dois ataques aéreos mataram 12 pessoas na madrugada deste domingo.
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Guerra em Israel: protestos por cessar-fogo e libertação de reféns – Gazeta do Povo
- by nexus
- 8 de julho de 2024
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