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Lula defende responsabilidade fiscal em encontro com empresários – Gazeta do Povo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (9) a responsabilidade fiscal durante um evento com empresários bolivianos e brasileiros. O petista discursou na cerimônia de encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Bolívia, realizado em Santa Cruz de La Sierra. 
“Reduzir déficit fiscal sem comprometer a capacidade de investimento público é um compromisso da minha gestão”, disse o chefe do Executivo. Há algumas semanas, Lula questionou o corte de gastos do governo. Na ocasião, as declarações do presidente causaram uma reação negativa do mercado financeiro e impactou em seguidas altas do dólar no país.
No último dia 3, o cenário econômico arrefeceu após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar que Lula mandou cumprir o arcabouço fiscal e autorizou corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias para 2025. Durante o evento na Bolívia, o presidente destacou que a economia não depende de “mágica”, mas de estabilidade.
“Economia não tem mágica. Economia tem algumas palavras-chave que nós não podemos desperdiçar. A primeira palavra mágica para uma economia dar certo é estabilidade e credibilidade política. A segunda palavra-chave para que um país dê certo, para que a economia cresça e tudo fique bem, é preciso estabilidade na economia”, afirmou.
“A terceira palavra mágica é a estabilidade fiscal. A quarta palavra mágica é a estabilidade jurídica. E a quinta palavra mágica é estabilidade social. Essas cinco e mais a palavra que interessa a todos os empresários que é previsibilidade”, acrescentou Lula. 
O presidente brasileiro defendeu a retomada de investimentos da Petrobras na Bolívia. Ele afirmou que a petroleira pode ter “importância” para a nação vizinha, caso “não queira só ganhar dinheiro”. 
“Eu fiz questão de trazer a presidente da Petrobras, porque sei a importância que a Petrobras já teve na Bolívia. E ainda pode ter na medida que ela não queira só ganhar dinheiro, ela queira também ajudar na prospecção, na investigação, no investimento”, disse Lula. 
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reforçou o interesse da companhia no incremento da produção de gás na Bolívia e no aumento do volume de importação do insumo para o Brasil, informou a Agência Brasil.
“Hoje o mercado consumidor brasileiro demanda 50 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Acreditamos que esse mercado pode ser triplicado, alcançando 150 milhões de m³/dia. Esse gás servirá como insumo para a indústria petroquímica e para a produção de fertilizantes. A condição é que sejamos capazes de fazê-lo chegar ao Brasil a preços acessíveis”, afirmou Chambriard. 
A Petrobras, que já foi responsável por 60% da produção de gás natural boliviano, opera hoje 25% do total produzido no país. “Nós olhamos para frente e vemos oportunidades para serem desenvolvidas pela Petrobras ou em parcerias que merecem nosso investimento”, destacou a presidente da estatal. 
Lula voltou a enfatizar a necessidade de interação entre os países da América do Sul. O presidente ressaltou que o Brasil está disposto a crescer junto com as nações vizinhas, pois não quer ser “uma ilha de prosperidade cercada de miséria”. 
“Um país do tamanho do Brasil não pode crescer sozinho. É preciso que o Brasil faça com que os nossos parceiros, os nossos vizinhos cresçam juntos porque não queremos ser uma ilha de prosperidade cercada de miséria por todos os lados”, disse o petista.
“Se os americanos tivessem feito isso, não teriam uma América Latina empobrecida, exportando trabalhadores, que agora passaram a ser vistos como inimigos… Agora resolveram dizer que nós latino-americanos estamos prejudicando a economia americana”, acrescentou.
Lula afirmou que os membros do Mercosul pretendem fechar o acordo com a União Europeia ainda em 2024. Segundo o mandatário, está tudo “pronto” do lado sul-americano e falta apenas os europeus diminuírem as divergências entre eles. 
“Da nossa parte está totalmente pronto, tudo acordado. O que falta agora são os europeus se arranjarem, diminuir a divergência entre eles, porque estamos prontos para recebê-los. A gente estava cansado de ouvir eles dizerem que era a América do Sul que não queria fazer acordo, pois bem, nós nos preparamos, fizemos a proposta e está aprovada”, disse. 
“Agora depende da companheira Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia, vir sentar a mesa e a gente fechar finalmente o acordo”, ressaltou Lula.
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