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Casal anuncia pug para cruzar e antigos tutores sequestram cão em Vila Velha – A Gazeta ES

Publicado em 8 de julho de 2024 às 09:07
O que começou como um anúncio para o cruzamento de um cachorro da raça pug terminou em sequestro, perseguição e pessoas detidas. A confusão aconteceu no último domingo (7), em Coqueiral de Itaparica, Vila Velha, e acabou na delegacia. 
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De acordo com o boletim de ocorrência da Guarda Municipal, uma equipe foi abordada por um casal em frente a um condomínio, durante a tarde. Eles estavam muito nervosos e disseram que o cachorro deles, Tião, havia sido roubado.
O casal relatou que tinha anunciado em um site de compra e venda que o cachorro estava disponível para cruzar, e uma mulher se manifestou, dizendo que tinha uma cadela para cruzar com o animal . Ela marcou em frente ao condomínio, local onde ocorreria o cruzamento.
Chegando lá, o casal foi surpreendido por dois carros: um Volkswagen Fox e um Honda Civic. No primeiro estava a mulher que havia marcado o encontro, com o motorista, e no outro estavam três homens. Um deles se identificou como policial civil, pegou Tião das mãos da vítima e entregou para os ocupantes do Fox, que fugiram com o animal.
A equipe da Guarda foi atrás dos veículos e encontrou o Honda Civic na Rodovia do Sol, com os três homens. Primeiro eles negaram o roubo, mas os agentes viram duas guias de cachorro dentro do veículo e a abordagem continuou.
O motorista, segundo a Guarda Municipal, apresentava sinais de embriaguez, como fala arrastada e hálito etílico. Ele recusou assoprar o bafômetro e afirmou ser policial civil em Minas Gerais. Apesar disso, não apresentou nenhum documento que comprovasse o cargo dele.
Ainda durante a abordagem, uma pistola da Polícia Civil de Minas Gerais foi encontrada no carro. O suposto policial disse que não tinha documentos da arma, que foi apreendida.
Depois de muita conversa, o homem confessou que havia sequestrado o cachorro com a ajuda dos ocupantes do Fox e do Honda Civic.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, o suposto policial disse que Tião era dele e de sua ex-esposa, que, como forma de puni-lo, teria doado o cão por meio de um site de compra e venda. Depois de um tempo ela teria se arrependido e tentado pegar o cachorro de volta, mas a nova família já tinha se apegado ao pug e não aceitou. Foi quando ele resolveu tomar o animal de volta.
Apesar de confessar o plano de sequestrar Tião, o homem se recusou a informar para onde os ocupantes do Fox haviam levado o cachorro.
Os três homens foram levados para a Delegacia Regional de Vila Velha. As vítimas também estavam lá. Elas contaram que há cinco meses uma mulher anunciou a doação de Tião e outra pug, de nome Leia, cobrando R$ 100 para cobrir os custos do deslocamento para a entrega.
Tempos depois, conforme o boletim de ocorrência, a mulher que doou começou a entrar em contato com a vítima, querendo os cachorros de volta, a princípio em tom de negociação, mas depois as ligações viraram ameaças, inclusive feitas pelo suposto policial civil mineiro.
A nova tutora dos cães já havia se apegado e não aceitou devolvê-los. Ela acredita que os antigos donos tenham arquitetado o plano de marcar o encontro para o cruzamento, já com a intenção de reaver Tião de forma forçada.
A reportagem de A Gazeta perguntou à Polícia Civil se os três homens foram autuados, se o suposto policial civil realmente era da corporação mineira e se Tião foi recuperado. Leia, abaixo, a nota enviada pela corporação:
“A Polícia Civil informa que o suspeito, de 47 anos, conduzido à Delegacia Regional de Vila Velha, foi autuado em flagrante por dirigir sob influência de álcool ou drogas, exercício arbitrário das próprias razões, vias de fato e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana (CTV). Uma cópia do procedimento será encaminhada à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) para conhecimento.
O suspeito de 32 anos assinou um termo circunstanciado (TC) por exercício arbitrário das próprias razões, com participação de outras pessoas nesse ato, e foi liberado após assumir o compromisso de comparecer em juízo. O terceiro conduzido foi ouvido e liberado, já que a autoridade policial não identificou elementos suficientes para realizar a prisão em flagrante naquele momento.”
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