Pré-candidato à Presidência dos EUA teria cometido o abuso em 1993, quando ele ainda era senador. Equipe do democrata nega as acusações.
Uma ex-funcionária do Senado dos Estados Unidos acusa Joe Biden de abuso sexual cometido contra ela em 1993, quando o atual pré-candidato do Partido Democrata à Presidência ocupava uma das cadeiras de senador. A equipe de Biden nega as acusações. A denúncia foi divulgada nesta segunda-feira (13) na imprensa norte-americana.
Em entrevista à agência Associated Press, Tara Reade afirmou que o abuso ocorreu no subsolo de um dos prédios de escritórios do Capitólio, no primeiro semestre de 1993. Ela relata que Biden a empurrou contra a parede, a apalpou e a penetrou com os dedos.
“Ele estava cochichando algo para mim e tentava me beijar ao mesmo tempo enquanto perguntava se eu queria ir a outro lugar”, relata Reade. Em seguida, ela o empurrou.
“Eu me lembro de querer dizer para ele parar, mas não sei se gritei ou se apenas pensei nisso. Estava meio congelada”, disse.
Não é a primeira vez que Reade acusa Biden, que ocupou a Vice-presidência dos EUA durante o governo de Barack Obama (2009-2016). No ano passado, a ex-funcionária do Senado disse que o democrata a “tocou de maneira inapropriada”.
Reade também disse que um outro assessor de Biden no Senado a pedia para “se vestir mais modestamente” e que ela “não fosse tão sexy”.
Durante a campanha, Biden foi criticado por agir de maneira inapropriada com mulheres — inclusive recebendo o apelido de “Joe esquisito” pelo presidente Donald Trump, de quem é provável rival nas eleições de novembro. O próprio pré-candidato admitiu a conduta e prometeu “prestar mais atenção sobre espaço pessoal” das pessoas.
Equipe de Biden nega acusações

Em comunicado, a diretora de comunicação da campanha de Biden, Kate Bedingfield, negou as acusações. Segundo ela, o democrata “dedicou sua vida pública a mudar a cultura e as leis sobre violência contra a mulher” e “acredita firmemente que as mulheres têm direito de serem ouvidas respeitosamente”.
“O que está claro sobre essa acusação: é uma inverdade. Isso não aconteceu, de jeito nenhum”, afirmou Bedingfield.
As acusações vieram à tona no mesmo dia em que Bernie Sanders declarou apoio a Biden na corrida à Presidência dos EUA. O rival do ex-vice-presidente saiu da disputa pela Casa Branca na semana passada, após Biden abrir larga vantagem nas primárias — afetadas pela pandemia do novo coronavírus.
G1