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Falsa piedade – Por Marcos Pena Jr

4 meses ago
5 Tempo de Leitura
Ler, Pensar e Escrever | Marcos Pena Jr Ler, Pensar e Escrever | Marcos Pena Jr
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[Tendo em vista (i) o impacto dos acontecimentos recentes na França e (ii) a profundidade da análise feita por Theodore Dalrymple, peço licença a vocês, leitores, para usar o espaço da coluna para replicar texto que o Dalrymple publicou esta semana no City Journal. Texto que traduzo e republico com autorização da revista americana.]

Falsa piedade

Theodore Dalrymple
29 de outubro de 2020

Ataques terroristas, como problemas, raramente acontecem isoladamente. Eles estão sujeitos à sua própria versão do efeito Werther*, assim chamado em homenagem ao herói do romance de Goethe, que se matou por amor não correspondido, à publicação seguiu-se uma onda de suicídios de jovens românticos.

Na noite anterior à última ofensiva violenta islâmica na França, na qual um terrorista matou três pessoas na Basílica de Notre-Dame de Nice, eu estava lendo um pequeno livro sobre o terrorismo islâmico na Europa, preparando-me para escrever um artigo sobre a decapitação (por um checheno refugiado) de Samuel Paty, o professor que havia usado cartuns de Maomé em sua aula de cívica para ensinar sobre liberdade de expressão, há duas semanas.

O livro era de Hamid Zanaz. O autor é de origem argelina, um filósofo que não apenas abandonou sua religião ancestral, mas agora se opõe a ela em todas as suas formas. Seu livro relata uma história que explica longamente como o islamismo foi capaz de penetrar, quase sem oposição, no tecido da Europa. A história se refere à Noruega, mas algo semelhante pode ser contado sobre muitos, senão sobre todos, os países da Europa Ocidental. Cito na íntegra:

Karsten Nordal Hauken, um político estuprado por um somali [refugiado na Noruega], se opôs à deportação de seu agressor: “Perdi anos devido à depressão e à maconha. . . . Aprendi que a cultura de origem do estuprador é completamente diferente da nossa. Em sua cultura, o abuso sexual é antes de tudo uma questão de tomada de poder e não o resultado do desejo sexual: não é considerado um ato homossexual. Para entender como isso pode ocorrer, é preciso superar seus preconceitos…

Ele continua:

“Não sinto raiva do meu agressor, porque o vejo mais como produto de um mundo injusto. O produto de uma educação marcada por guerras e privações. . . . Quero que continuemos a ajudar os refugiados, apesar desse contexto. . . . Antes de ser um norueguês, eu sou um ser humano. Não, eu faço parte do mundo e, infelizmente, o mundo é injusto.”

Em outras palavras, foi realmente por sua culpa [Hauken], como habitante de um país injustamente privilegiado, que o somali o estuprou. Ele teve o que mereceu: assim como, pela mesma lógica, a mulher da Basílica de Notre-Dame de Nice mereceu sua decapitação.

Versões dessa peculiar visão moral (estado de espírito) são comuns na Europa (e provavelmente na América também), especialmente entre a intelectualidade. Desnecessário dizer que este é um estado de espírito que dificilmente estaria apto para se opor a uma ideologia perversa e perigosa. Para entender a mentalidade, dois textos vêm à mente: um de G.K. Chesterton e um de Max Frisch.

Em Ortodoxia, Chesterton escreveu que o mundo moderno “está cheio de virtudes selvagens e perdidas”. Ele segue:

Quando um esquema religioso é destruído. . . não são apenas os vícios que são afrouxados. Os vícios são, de fato, liberados e vagam e causam danos. Mas as virtudes também são liberadas; e as virtudes vagam mais descontroladamente, e as virtudes causam danos mais terríveis. . . . alguns humanitários preocupam-se apenas com a piedade; e sua piedade (lamento dizer) muitas vezes é falsa.

Que maneira mais enérgica de caracterizar o estado de espírito egotista (egocêntrico, autocentrado) de Hauken do que falsa piedade? E que dano terrível sua falsa piedade, ou algo parecido, fez.

O segundo texto, da grande peça de Max Frisch “The Fire Raisers”, captura a covardia absoluta do estado de espírito de Nordal Hauken e de muitos como ele. Na peça, um empresário chamado Biedermann admite um pobre incendiário itinerante em sua casa, em parte por caridade e em parte por uma incapacidade pusilânime de dizer não (é difícil separar os dois). O incendiário dá indicações cada vez mais claras de que pretende incendiar a casa, mas Biedermann, novamente em parte por cegueira e constrangimento social, mas principalmente por covardia, se recusa a reconhecer o fato e expulsar o incendiário. Esse último incendeia a casa, matando Biedermann e sua esposa, que então vão para o inferno.

A peça de Frisch, publicada em 1953, é uma alegoria da tomada de sociedades pelos totalitarismos nazista e comunista, mas é de aplicação muito mais ampla para qualquer sociedade ou organização que enfrenta a destruição por aqueles que se insinuam nela com a intenção ou desejo de destruí-la.

Obviamente, nenhum dos textos fornece orientações precisas sobre quais medidas práticas a França e outros países em situação semelhante devem tomar.

 

Theodore Dalrymple é editor-colaborador do City Journal, associado sênior no Manhattan Institute, e o autor de muitos livros, incluindo Out into the Beautiful World e  Grief and Other Stories. Ele é um psiquiatra aposentado que, mais recentemente, trabalhou em um hospital e em uma prisão britânicos no centro de Londres. 

Copyright (c) 2020 City Journal & Theodore Dalrymple; traduzido para o português por Marcos Pena Jr sob permissão do City Journal. Todos os direitos reservados. Este produto é protegido por direitos autorais e distribuído sob licenças que restringem a cópia, a distribuição e a descompilação.

Foto de Arnold Jerocki /Getty Images

* [Nota do tradutor] O efeito Werther foi proposto em 1974 por David Phillips (pesquisador dos Estados Unidos) para definir a situação em que acontece aumento expressivo no número de casos de suicídio na sequência de ampla divulgação da ocorrência de um específico.

Tagsimigração Imigrantes Multiculturalismo Ordem social Politica Segurança Pública Theodore Dalrymple Violência

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Marcos Pena Júnior é natural de Caruaru, Pernambuco. Afirma que se entende como uma grande e histórica mistura de índios, negros, mamelucos, mestiços, brancos, “portugueses da Holanda”, caboclos e mulatos, como escreveu em seu poema “Quantos rios nascem no Sertão e desembocam no Mar?”. No final da adolescência rumou para Natal, no Rio Grande do Norte, onde aos dezessete anos iniciou graduação em ciências econômicas e começou a trabalhar. Também aí cursou MBA e mestrado em engenharia de produção. Também na capital potiguar, casou e teve filhas. Na virada dos anos 2000 para os 2010 mudou para Brasília, Distrito Federal. Atualmente vive na capital do País. Desde a adolescência tem interesse especial por literatura, escrevendo poemas desde muito cedo. Atualmente dedica-se a escrever, além dos poemas, artigos de opinião, resenhas, críticas, artigos técnico-científicos, além de achar um tempinho para fotografia … ver e sentir o mundo, no fim das contas, é o que o atrai.

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