Precisamente no dia 02 de abril de 2018, a Gestão do Governo do Estado de Rondônia realizou um evento simples, porém de grande relevância: a instalação, na entrada da cidade de Porto Velho, no Trevo do Roque, de um mastro de 45 metros de altura, com a bandeira de Rondônia e a efígie do ex-Governador Jorge Teixeira de Oliveira.
Segundo fala do então Governador do Estado, Confúcio Moura, o pavilhão, que simboliza o estado, deveria inspirar a união dos rondonienses em favor do progresso, entretanto, o símbolo instalado na entrada da Capital, ao que se vê, não é mais nem lembrado, e a efígie, infelizmente, desapareceu do local, possivelmente furtada.
Quando fora inaugurado, o então secretário de Planejamento Orçamento e Gestão, George Braga, falou que a ideia de construir o monumento surgiu ainda em 2011, porém foram necessários mais de sete anos para que a idealização pudesse ser concretizada, pois necessitava de autorização de órgãos como Ministério da Aeronáutica, Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), além da conclusão do projeto executivo e do treinamento para dois policiais estarem aptos à realização do hasteamento da bandeira.
Na época, só o processo de licitação durou cerca de oito meses, no valor aproximado de R$ 180.000,00(cento e oitenta mil reais) e a vencedora foi uma empresa do Sul do país, que foi responsável pela instalação do mastro com motor e criação da efígie do ex-governador Jorge Teixeira.
Atualmente
Hoje, passados praticamente um ano e três meses da nova Gestão do Estado de Rondônia, não há mais o tradicional hasteamento da bandeira, aliás, pelo que foi possível apurar, desde que mudou a gestão do Estado não é mais realizada tal ação.
A falta de continuidade desse hasteamento, na verdade, parece, um contrassenso, considerando o viés militar e, porque não, “cívico” do atual Governo de Rondônia, que deveria prestigiar a conservação dos monumentos e espaços voltados ao patriotismo, seja a nível Estadual ou Federal.
Obras, independentemente de terem sido pensadas, licitadas ou executadas pelo Governo “A” ou “ B”, são obras públicas, e como tal, devem ser mantidas e conservadas, a não ser que fique cabalmente demonstrada a total inviabilidade econômica do empreendimento frente aos ganhos, se não econômicos, sociais que ele representa, o que não parece ser o caso.
Não bastasse, em uma onda febril de patriotismo no Brasil que elegeu o que podemos considerar o líder de tal ação, e consequentemente o atual governador do Estado de Rondônia, Marcos Rocha, que é patriota, militar e filiado ao partido que elegeu o atual Presidente Jair Messias Bolsonaro, é de se estranhar o aparente descaso com uma ação simples, porém totalmente nacionalista.
Em relação a essa circunstância, que podemos considerar como, porque não dizer, DESÍDIA, entramos em contato com a comunicação do Estado, entretanto, até o fechamento desta matéria, a resposta do órgão foi:”Recebemos a demanda. Retornaremos com um posicionamento assim que possível”.
Para a população, porém, fica o interesse de entender os reais motivos que levaram o Estado a parar com tal ação, pois aquele monumento, além de embelezar a entrada da cidade, efervesce o amor à pátria e ao nosso querido Estado de Rondônia.

Segundo Eduardo Damião, o secretário da época, o objetivo da instalação da Bandeira de Porto Velho era oferecer aos munícipes o senso de pertencimento da cidade, além de resgatar o amor e o orgulho pela capital de Rondônia. Outro ponto importante é fazer com que as pessoas conheçam “a nossa bandeira”.