Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
O Sua Leitura indica o quanto você está informado sobre um determinado assunto de acordo com a profundidade e contextualização dos conteúdos que você lê. Nosso time de editores credita 20, 40, 60, 80 ou 100 pontos a cada conteúdo – aqueles que mais ajudam na compreensão do momento do país recebem mais pontos. Ao longo do tempo, essa pontuação vai sendo reduzida, já que conteúdos mais novos tendem a ser também mais relevantes na compreensão do noticiário. Assim, a sua pontuação nesse sistema é dinâmica: aumenta quando você lê e diminui quando você deixa de se informar. Neste momento a pontuação está sendo feita somente em conteúdos relacionados ao governo federal.
Dos 100 primeiros colocados no ranking da melhor cidade para morar no Brasil, 33 ficam no estado de São Paulo. A lista dos municípios paulistas que se destacaram vai da pequena Monções (menos de 2 mil habitantes) a Sorocaba (740 mil). A classificação, elaborada pela Gazeta do Povo, leva em conta 21 critérios. Veja a lista completa ao final desta reportagem.
Em primeiro lugar no ranking paulista (e nacional), São Caetano do Sul se beneficia do tamanho reduzido e da proximidade com a capital do Estado. Cem por cento da população vive em áreas urbanas, e não há favelas (que o IBGE chama de “aglomerados subnormais”). Desde o ano passado, todos os ônibus municipais têm tarifa zero.
Com apenas 15 quilômetros quadrados de área, São Caetano do Sul consegue manter uma infraestrutura urbana de qualidade, com praticamente todos os seus domicílios cobertos por abastecimento de água, saneamento básico e coleta de lixo. Isso assegurou à cidade uma nota 10 no quesito Infraestrutura Urbana.
O fato de São Caetano do Sul ser uma cidade compacta (a densidade demográfica é de 10,8 habitantes por quilômetro quadrado) ajuda a manter as coisas sob controle e também contribui com a segurança pública.
Não por acaso, o município também foi reconhecida pelas Nações Unidas como a cidade com o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
Em segundo lugar no estado (e terceiro no ranking nacional), Jundiaí tem um perfil diferente: a cidade de 430 quilômetros quadrados tem uma densidade populacional muito menor (cerca de mil moradores por quilômetro quadrado). Os seus 443 mil habitantes.
Em entrevista à Gazeta do Povo, prefeito da cidade, Luiz Fernando Machado (PL), afirmou que sua gestão busca soluções integradas para os problemas da cidade. “O planejamento urbano da cidade é determinante para a sua capacidade de produção de riqueza e da produção de bem-estar e da felicidade às pessoas”, diz ele. “O urbanismo de uma c idade se reflete na saúde emocional das pessoas”, complementa.
Por exemplo: o cuidado com a manutenção de parques e áreas verdes se reflete em melhores índices de segurança pública e de saúde, o que ajuda a cidade a atrair investimentos e, por sua vez, gera mais recursos para a manutenção dos espaços públicos.
Apesar de ter o quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e de ser sede de grandes empresas como a Coca-Cola, Jundiaí não quer crescer a todo custo. “A vocação do desenvolvimento de Jundiaí é ser uma grande cidade e não uma cidade grande, porque a gente faz a contenção desse crescimento por meio do seu Plano Diretor”. A norma, que define os critérios de ocupação do solo na cidade, acaba de ser atualizada pela Câmara de Vereadores. Em vez de apostar em arranha-céus, a cidade optou por um crescimento horizontal, o que permite que os moradores continuem em contato com áreas verdes.
“Esse é o segredo para a gente entender que a prosperidade econômica e a prosperidade social está diretamente atrelado para uma cidade que urbanisticamente se planeje para oferecer ao cidadão qualidade de vida”, afirma o prefeito.
No cargo desde 2017, Machado também reconhece que os bons resultados são fruto de um trabalho de longo prazo — inclusive dos seus antecessores na prefeitura. “Isso é fruto de uma escolha da sociedade, não de sete anos e meio. A sociedade é quem guia os políticos”, diz.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 266 municípios paulistas não tiveram homicídios em 2022 (ano da última base de dados consolidada). Três dessas cidades têm mais de 50 mil habitantes: Amparo (69,9 mil moradores), Jaguariúna (60,8 mil) e São José do Rio Pardo (51,7 mil).
A última, terra natal do escritor Euclides da Cunha, também completou 2023 com zero assassinatos. Segundo o gestor de Segurança Pública da cidade, Fred Blascke, os bons resultados são fruto de uma combinação de fatores: um deles é o fato de que São José do Rio Pardo cresceu de forma ordenada e não perdeu as características de uma cidade em que todos se conhecem. Outro é a melhoria dos espaços públicos, que se tornaram mais iluminados e menos convidativos a atividades ilícitas.
Assim como o prefeito de Jundiaí, ele afirma que o bom urbanismo gera um ciclo virtuoso que se reflete na segurança pública. “Quando você reforma uma praça abandonada e coloca brinquedos para as crianças ou atividades físicas para os idosos, você faz com que as pessoas de bem comecem a frequentar a praça. Com isso, as pessoas que pretendiam fazer mau uso da praça se afastam”, ele afirma.
Segundo Blascke, os números melhoraram nos últimos três anos, em parte graças à modernização do equipamento da Guarda Municipal. Os números da Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo indicam uma melhoria: o número de carros furtados na cidade, por exemplo, caiu pela metade entre 2021 e 2023.
Recentemente, a Prefeitura também começou a instalar 132 câmeras de segurança em São José do Rio Pardo. A entrada e a saída do município terão câmeras inteligentes que detectam as placas dos carros e identificam, de forma imediata, se o veículo está sendo procurado por causa de alguma ocorrência policial.
Veja abaixo quais são as melhores cidades do Estado de São Paulo em outras categorias.
Em primeiro lugar no ranking de Educação das cidades paulistas, Águas de São Pedro combina boas notas no IDEB (que mede o desempenho dos alunos de escolas públicas), um nível de alfabetização perto de 99% e um alto número de vagas no ensino superior.
Na categoria Infraestrutura Urbana, São Caetano foi a única cidade paulista a receber nota 10 — mas outras chegaram perto.
Na pequena Borá, o número de empregos (1.406) é muito maior que o da população (877). Isso explica por que o município está em primeiro lugar no quesito Economia. Muito maior (316 mil habitantes), Barueri foi a única outra cidade paulista a ter mais empregos que moradores.
Destaque nessa categoria, São José do Rio Preto combina um número elevado de médicos por habitantes, uma rede hospitalar ampla e um baixo número de mortes evitáveis (indicador que mede a qualidade do serviço de saúde).
O ranking da Gazeta do Povo não diferencia entre grandes e pequenas cidades. Mas, para quem busca municípios de maior porte, basta consultar a lista com as cidades acima de 100 mil habitantes. Dentre os municípios paulistas, estes são os dez primeiros colocados nesta categoria:
Veja também as melhores cidades com mais de 100 mil habitantes em São Paulo de acordo com outros critérios.
1. São José do Rio Preto – 8,87
2. Jundiaí – 7,6
3. Botucatu – 6,81
4. São Caetano do Sul – 6,68
5. Catanduva – 6,67
O levantamento da Gazeta do Povo inclui dez categorias diferentes, e utiliza um total de 21 indicadores. Alguns deles, por serem mais relevantes, ganharam peso maior no cálculo da nota final de cada cidade. Veja abaixo a lista das estatísticas levadas em conta no ranking, além das fontes utilizadas.
1. Educação – Peso 1,5
-IDEB Ensino Fundamental – anos finais (2021)
-IDEB Ensino Médio (2021)
-Índice de analfabetismo (Censo 2022)
-Vagas de ensino superior (Censo da Educação Superior 2022)
2. Taxa de homicídios (IPEA, 2022) – Peso 1,5
3 . Saúde – Peso 1,5
-Número de leitos hospitalares (DataSUS, 2024)
-Mortes evitáveis (DataSUS, 2024)
-Número médicos (DataSUS, 2024)
4. Economia – Peso 1,5
-PIB (Produto Interno Bruto) per capita (IBGE, 2021)
-População empregada (Caged, 2024)
5. Infraestrutura – Peso 1,5
-Vias públicas com pavimentação e meio-fio na área urbana (IBGE, 2021)
-Domicílios ligados à rede de esgoto (IBGE, 2021)
-Abastecimento de água (IBGE, 2021)
-Aglomerados subnormais (favelas) (IBGE, 2021)
-Domicílios com coleta de lixo 2022 (IBGE, 2021)
6. Expectativa de vida (IBGE, 2021) – Peso 1
7. Mortes no Trânsito (DataSUS, 2022)- Peso 1
8. Suicídios (IPEA, 2021) – Peso 1
9. Cultura – Peso 1
-Salas de cinema (Ancine, 2023)
-Bibliotecas públicas (Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, 2023)
10. Famílias em situação de rua (Cadastro Único para Programas Sociais, 2023) – Peso 1
Apenas assinantes podem salvar para ler depois
Saiba mais em Minha Gazeta
Você salvou o conteúdo para ler depois
As notícias salvas ficam em Minha Gazeta na seção Conteúdos salvos. Leia quando quiser.
Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Carregando notificações
Aguarde…
Os recursos em Minha Gazeta são exclusivos para assinantes
Saiba mais sobre Minha Gazeta »
Sem categoria
São Paulo tem 33 cidades das 100 melhores para morar no Brasil – Gazeta do Povo
- by nexus
- 8 de julho de 2024
- 0 Comments
- 7 minutes read
- 5 Views
- 6 meses ago
Leave feedback about this