Publicado em 9 de julho de 2024 às 16:10
Há seis dias, Manoá dos Prazeres Eller, de 14 anos, saiu de casa para comprar uma cartolina e não foi mais vista pela família no bairro Feu Rosa, na Serra. A mãe da adolescente, a autônoma Kézia Prazeres, foi informada pela menina que o material seria usado em um trabalho escolar e saiu com duas amigas para comprar o papel-cartão.
“Como não voltou, fui até a escola no dia seguinte. Lá eu descobri que uma das meninas é maior de idade e só aparenta ser nova e nem estuda. Uma pessoa me informou que Manoá tinha um namorado de 23 anos que eu nem tinha conhecimento, pois conversava (com ele) por uma rede social, e me passou o endereço”, informou Kézia.
Assim ela começou a procurar pela filha. Com o nome em mãos da rua onde mora o homem com quem a filha manteria o relacionamento, Kézia foi ao local.
“Esperei, chamei, mas ninguém atendeu e as pessoas lá dentro se trancaram. A polícia, de início, disse que não podia ir, pois não vi a minha filha dentro da residência. Depois de um tempo, saí para registrar o boletim e quando voltei, o vizinho contou que eles tinham saído da casa com a minha filha e a mulher que estava com ela no dia do sumiço. Estou desesperada”, desabafou Kézia.
Depois de algumas buscas, o irmão de quem seria o namorado de Manoá passou a rede social da mulher suspeita de levar a jovem. Nela, são postadas fotos da Manoá com a mulher, de acordo com a mãe, com a localização no Estado da Bahia. Quem tiver informações pode entrar em contato pelo telefone 27 98883-4225 (Kézia).
Em frente à residência onde estaria jovem, a mãe chegou a ligar para a polícia, mas foi informada que, como não viu a garota, eles não poderiam ir ao local. Segundo a mãe, a polícia orientou que ela seguisse para a Delegacia de Laranjeiras.
Após ir ao local, Kézia salientou que também foi negado o registro de boletim de ocorrência e a mandaram para outro espaço da PC, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescentes (DPCA).
Enquanto corria contra o tempo para tentar achar a filha, a mãe seguiu até a DPCA. “Eles pediram o endereço completo com número e tudo. Voltei para a casa para conseguir todos os detalhes, mas já estava vazia. Nesse momento um vizinho me alertou da fuga”, contou.
Mesmo com o endereço, Kézia explicou que a equipe da DPCA não confeccionou o boletim por Manoá já ter 14 anos e ter saído de casa por conta própria. Só depois que ela conseguiu registrar a ocorrência na primeira delegacia que procurou, em Laranjeiras.
A Polícia Civil disse, em nota, que, em apuração interna, não foi identificada recusa de qualquer registro de ocorrência na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). “A Polícia Civil esclarece que qualquer cidadão que se sinta prejudicado pode dirigir-se à Corregedoria e formalizar a denúncia para que o caso seja analisado”, reforçou.
Sobre o caso, a PC explicou que as investigações estão em andamento, mas a adolescente ainda não foi localizada. A corporação enfatizou que os policiais empenham esforços diários para fornecer o melhor serviço possível aos familiares das vítimas, em todos os inquéritos em aberto.
Informações que possam auxiliar nas investigações de pessoas desaparecidas podem ser compartilhadas de maneira confidencial pelo Disque-Denúncia 181 ou pelo site disquedenuncia181.es.gov.br, onde é possível anexar imagens e vídeos relacionados a atividades criminosas. Além disso, é possível fornecer informações diretamente à equipe de investigação da delegacia, pelo telefone (27) 3137-9065, ou presencialmente na unidade.
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