“Quando comecei a ter lesões nas extremidades (…), me assustei”, relatou à AFP um paciente peruano de 32 anos que contraiu a varíola do macaco. Na América Latina, o Peru é, depois do Brasil, o segundo país com maior número de casos de varíola do macaco, e o terceiro no mundo com maior taxa de contágios por milhão de habitantes, atrás dos Estados Unidos e do Canadá, segundo a Universidade de Oxford.
“Tenho uma doença pré-existente [VIH] e tinha deixado o tratamento, isso talvez tenha feito com que o quadro da varíola do macaco tenha se espalhado em mim”, acrescentou o homem, que pediu para ter sua identidade preservada e é mantido em isolamento no Hospital Arcebispo Loayza de Lima desde 4 de agosto.
Ele tem lesões circulares, algumas já cicatrizadas, nas mãos, braços, pés e em menor medida no couro cabeludo e o tórax, assim como na região genital e na boca.
“Nunca tive febre, nem dor muscular, nem nenhum dos sintomas que indica a patologia da doença, as lesões simplesmente apareceram”, contou. Ele diz desconhecer como se contaminou, mas atribui a infecção à sua intensa atividade social.
“Estes dois últimos meses estive muito em reuniões sociais e provavelmente aí aconteceu o contágio”, afirmou. “Foi muito surpreendente”, acrescentou o paciente, que teve os primeiros sintomas em 15 de agosto.
Fonte: Agence France-Presse